Com cerca de 25 milhões de pessoas confinadas para evitar a transmissão de covid-19, Xangai, na China, registrou três mortes por covid no domingo 17. Essas são as primeiras desde o surto recente de contágio em que a cidade se encontra, de acordo com autoridades chinesas.
Um documento emitido pelo comitê de saúde da cidade informou que as vítimas tinham entre 89 e 91 anos de idade e não estavam vacinadas, segundo o portal de notícias da BBC.
Sem contar essas vítimas, os registros revelam que a China teve 4,6 mil mortes por covid na pandemia, apenas sete delas em Xangai, segundo o site Our World in Data. Os novos registros levam a cidade agora a dez mortes pela doença.
A maior cidade chinesa e mais importante centro financeiro, Xangai está em sua terceira semana de confinamento obrigatório de milhões de pessoas, o que tem causado polêmica entre os moradores.
Desde o dia 10 de março, as autoridades locais realizaram mais de 200 milhões de testes para a doença na cidade, em uma tentativa de controlar o surto de covid.
A prefeitura estabeleceu uma meta para impedir a propagação do vírus fora das áreas em quarentena até quarta-feira 20, o que permitirá à cidade aliviar seu confinamento e começar a retornar à vida normal à medida em que cresce a frustração da população com o cerco.
Os moradores usaram as mídias sociais para desabafar com as autoridades locais por dificuldades na obtenção de alimentos, perda de renda, separação entre familiares e más condições nos centros de quarentena. As tensões geraram alguns protestos e brigas com a polícia.
Xangai se tornou o epicentro do maior surto da China desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, em Wuhan, no final de 2019, e registrou mais de 320 mil infecções por covid-19 desde o início de março, quando a onda teve início.
Ontem, Xangai registrou quase 20 mil novos casos assintomáticos e 2,5 mil sintomáticos, segundo dados oficiais.