O clima está pesado nos bastidores de campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, a avaliação do QG do petista é que ele não obteve um resultado satisfatório nos confrontos cravados no eixo da TV Bandeirantes.
A maior frustração se deu nos duelos diretos com o presidente Jair Bolsonaro (PL). As acusações em torno da temática corrupção geraram desgastes ainda maior e acabaram atrapalhando a desenvoltura de Lula.
Como se não bastasse, o assunto corrupção foi protagonista também entre o interesse do público, ganhando destaque nos caçadores de buscas do Google.
Com isso, o PT já se articula para tentar não repetir os mesmos resultados ruins. A partir de agora, a participação de Lula nos debates será analisada caso a caso.
De acordo com Gleisi Hoffmann, presidente nacional da legenda, o foco agora é dialogar para avaliar os formados que estão sendo adotados pelos veículos de comunicação.
“Vamos avaliar convite a convite. Vamos avaliar também os convites de entrevistas. Não há problema nenhum em participar. Queremos discutir um pouco o formato. O formato desse debate é muito ruim,”
declarou a parlamentar.
Conforme noticiou o Conexão Política, o PT entende que o modelo adotado pelo grupo Bandeirantes prejudicou Lula, visto que ele não só foi coadjuvante no programa, como também foi alvo de ataques constantes.
Nos bastidores, é quase consenso o entendimento de que Lula não conseguiu duelar à altura de Bolsonaro, como também não soube gerir o tempo proposto, fazendo com que a organização cortasse o microfone em alguns momentos.
A menos de 33 dias para o Primeiro Turno, o temor é que falhas estratégicas virem rotina no reduto lulopetista e abra caminho para o chamado ‘voto útil’, que pode favorecer a candidatura do atual chefe do Executivo federal.